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    SOCIOLINGUÍSTICA, UMA DISCIPLINA HISTÓRICA: RETROSPECTIVA, DESENVOLVIMENTOS E APLICAÇÕES

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    Este artigo apresenta a Sociolinguística, entendendo-a, inicialmente, como uma disciplina histórica, de acordo com Mattos e Silva (1988) apresenta com relação à Linguística Histórica latu senso. Toma como enfoque principal a Sociolinguística Variacionista, tal como desenvolvida a partir dos estudos de William Labov, nos Estados Unidos. Nesse sentido, em um primeiro momento, retoma o alvorecer dessa área dos estudos linguísticos, partindo das contribuições dos estudos dialetais, para a configuração de uma perspectiva que ressignifica epistemologicamente a percepção da linguagem humana, enquanto um sistema heterogêneo. São apresentadas não somente compreensões em torno da concepção de língua para a Sociolinguística, mas ao lugar estabelecido por ela para os processos de variação e mudança linguísticas, vistos como centrais em suas análises. Expõem-se as diferentes tendências assumidas pela Sociolinguística Variacionista, ao longo de sua história (cf. ECKERT, 2012).  Num segundo momento, comenta-se o histórico da Sociolinguística no Brasil, resgatando o desenvolvimento do Projeto NURC e a concepção e contribuição de outros grandes projetos da área, como o PEUL, em diferentes partes do país. Por fim, situa-se a Sociolinguística no Brasil hoje, entendendo-a como uma disciplina diversa, para qual se registra uma pluralidade de perspectivas na interpretação da variação linguística. Apresentam-se e exemplificam-se, a esse propósito, a Sociolinguística Paramétrica e a Sociolinguística Educacional. DOI: https://doi.org/10.47295/mren.v8i2.191

    Avanço No Estudo Da Mudança Sintática Associando A Teoria Da Variação E Mudança E A Teoria De Princípios E Parâmetros

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    O artigo se desenvolve em torno de dois pontos principais. O primeiro consiste no esclarecimento de que a Teoria da Variação e Mudança tem, associado ao componente social, um componente gramatical, que não pode prescindir de uma teoria linguística, o que tem sido tomado como óbvio em diversos estudos da área, uma vez que raramente é explicitado. O segundo mostra que a adoção do quadro teórico de Princípios e Parâmetros, junto com uma refinada descrição da sintaxe das línguas que a Teoria gerativa oferece, foi a alternativa encontrada nos inícios dos anos 1980 para analisar à luz do modelo da Teoria da Variação processos de mudança paramétrica em curso no PB, num momento em que a mudança não entrava na agenda de Princípios e Parâmetros. Feitas as necessárias justificativas sobre tal associação, são apresentados resultados de estudos variacionistas sobre a mudança que envolve a representação do sujeito pronominal no PB. Esses resultados mostram que essa associação permite levantar hipóteses de trabalho e encontrar respostas para as questões empíricas do modelo da Teoria da Variação e Mudança, além de trazer contribuições para a evolução dos estudos teóricos desenvolvidos no âmbito da Teoria de Princípios e Parâmetros.57185-11

    Ocorrência do sujeito pleno em sentenças construídas com verbos climáticos

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    Investiga as estratégias utilizadas para preencher a posição de sujeito em estruturas construídas a partir de verbos climáticos, que não selecionam argumento externo. Desse modo, tem-se o intuito de demonstrar a necessidade de movimento de constituintes sintáticos de diferentes naturezas para preencher a posição de sujeito, até mesmo com verbos que não têm em sua grade argumental a seleção de argumento externo, o que seria mais um dentre os efeitos da mudança paramétrica por que passa o PB: de língua de sujeito nulo a língua de sujeito pleno (cf. DUARTE, 1993, 1995). Os dados utilizados para a análise, examinados de maneira qualitativa, foram coletados das amostras da fala carioca disponibilizadas pelo Estudo comparado dos padrões de concordância em variedades africanas, brasileiras e européias do português. Este trabalho se apoia na associação do quadro de Princípios e Parâmetros (CHOMSKY, 1981) com a Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH, LABOV e HERZOG, 1968), a Sociolinguística Paramétrica (TARALLO e KATO, 1989), também denominada Variação Paramétrica (RAMOS, 1992)

    A EXPRESSÃO DO SUJEITO PRONOMINAL NO PORTUGUÊS FALADO EM VITÓRIA/ES

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    A expressão do sujeito pronominal é um fenômeno que, no Português Brasileiro, ocorre de dois modos: o sujeito nulo/zero/ausente e o sujeito pleno/expresso/presente. À luz da Teoria da Variação e da Mudança Linguística (LABOV, 2008[1972]), analisamos 46 entrevistas da amostra que compõe o PortVix (Português Falado na Cidade de Vitória), que tem por parâmetros sociais o gênero/sexo do falante, sua faixa etária e seu nível de escolaridade. Esta amostra contempla entrevistas tipicamente labovianas de fala espontânea gravadas no período entre 2001 e 2003 (YACOVENCO et al.,2012). Algumas pesquisas feitas sobre a expressão do sujeito pronominal, Paredes Silva (1988) e Duarte (1995), apontaram uso relevante do sujeito pronominal expresso no Português Brasileiro. Baseamo-nos nesses estudos anteriores e temos por hipótese principal que também na variedade capixaba, se evidencia um uso expressivo do sujeito pronominal preenchido. Nosso objetivo é descrever e analisar  se a expressão variável do sujeito pronominal no português falado em Vitória revela maior frequência de  uso de sujeitos pronominais expressos e observar quais as variáveis sociais e linguísticas atuam sobre este fenômeno considerado abaixo do nível da consciência social dos falantes. Neste estudo, trataremos dos fatores linguísticos (pessoa do discurso, ênfase, ambiguidade, tipo de oração, conexão discursiva) e sociais (sexo/gênero, escolaridade), que atuam sobre o favorecimento do preenchimento do sujeito pronominal, através de uma abordagem que contempla questões de natureza discursivo-funcional. Para o tratamento estatístico dos dados, utilizamos o programa Goldvarb X (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005), que em uma análise com resultados gerais contemplando todas as variáveis sociais e linguísticas, registrou uma frequência de uso de 70,9% de sujeitos pronominais expressos em um total de 9886 dados analisados.DOI: https://doi.org/10.47295/mgren.v8i2.185

    Avanço no estudo da mudança sintática associando a Teoria da Variação e Mudança e a Teoria de Princípios e Parâmetros

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    O artigo se desenvolve em torno de dois pontos principais. O primeiro consiste no esclarecimento de que a Teoria da Variação e Mudança tem, associado ao componente social, um componente gramatical, que não pode prescindir de uma teoria linguística, o que tem sido tomado como óbvio em diversos estudos da área, uma vez que raramente é explicitado. O segundo mostra que a adoção do quadro teórico de Princípios e Parâmetros, junto com uma refinada descrição da sintaxe das línguas que a Teoria gerativa oferece, foi a alternativa encontrada nos inícios dos anos 1980 para analisar à luz do modelo da Teoria da Variação processos de mudança paramétrica em curso no PB, num momento em que a mudança não entrava na agenda de Princípios e Parâmetros. Feitas as necessárias justificativas sobre tal associação, são apresentados resultados de estudos variacionistas sobre a mudança que envolve a representação do sujeito pronominal no PB. Esses resultados mostram que essa associação permite levantar hipóteses de trabalho e encontrar respostas para as questões empíricas do modelo da Teoria da Variação e Mudança, além de trazer contribuições para a evolução dos estudos teóricos desenvolvidos no âmbito da Teoria de Princípios e Parâmetros

    A realização do sujeito pronominal na fala de descendentes de portugueses: abordagem sociolinguística

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    Este estudo investiga a expressão do sujeito pronominal de sentenças finitas na fala de descendentes de portugueses, residentes nas comunidades de Santo Antonio de Lisboa e Sambaqui (Florianópolis, SC). Objetiva-se analisar se a fala desses informantes apresenta predomínio de características do português europeu ou do português brasileiro com relação ao parâmetro do sujeito nulo. Parte-se dos pressupostos teóricos e metodológicos da Sociolinguística Variacionista Laboviana (Teoria da Variação) e em parte do saber teórico desenvolvido pela Gramática Gerativa, o que comumente tem-se chamado de Sociolinguística Paramétrica

    Os verbos ter e haver com sentido de existir em notícias de jornais da cidade de Uberaba - MG

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    Several researchers at different times and corpus of spoken and written modalities of Portuguese, addressed the jobs of "ter" and "haver" with meaning to “exist”, such as Callou and Avelar (2010), Almeida and Callou (2003), Avelar (2005), and others. In this work, following the Theory of Linguistics Variations by Labov, Sociolinguistics Parametric and postulates by Weinreich, Labov and Herzog of linguistic change, the overall objective was to perform a descriptive and quantitative study about the use of the verb "ter" and "haver" with the meaning of “exist” in news from the newspapers of Uberaba at the beginning of the XX and XXI centuries. We seek to observe in these two synchronicities the occurrence of variation in the use of these verbs and what linguistic and extralinguistic factors influenced in their uses. In addition, we present how the verbs "ter" and "haver" are covered in the Traditional Grammar, by Said Ali (1957), Dias (1970), Bechara (2009), and others. The corpus consisted of 300 events, wherein 150 were at the XX century and 150 at the XXI century. For quantification of the data, we submitted the occurrences to the GOLDVARB 2001 program. After analysis of data, we concluded that, in the twentieth century, we have obtained higher percentage of the verb "haver" rather than the verb "ter" (81,3% and 18,7%, respectively) and in the XXI century, there was higher frequency of the verb "haver" rather than the verb “ter" (56,7% and 43,3%, respectively), but what is important is the increased frequency of the verb “ter”. The groups of factors placed on partial analysis and at intersections, the independent variables that did most relevant were: object [-animado], “present tense”, postponed object and concrete object.Dissertação (Mestrado)Diversos pesquisadores, em diferentes épocas e corpus, das modalidades falada e escrita do Português, abordaram os empregos de “ter” e “haver” com sentido de “existir”, tais como, Callou e Avelar (2010), Almeida e Callou (2003), Avelar (2005), entre outros. Neste trabalho, seguindo a Teoria da Variação Linguística de Labov, a Sociolinguística Paramétrica e os postulados de Weinreich, Labov e Herzog, sobre a mudança linguística, o objetivo geral foi realizar um estudo descritivo e quantitativo do uso dos verbos “ter” e “haver” com sentido de “existir” em notícias extraídas de jornais, publicados na cidade de Uberaba, no início dos séculos XX e XXI. Buscamos observar nessas duas sincronias, a ocorrência de variação no emprego desses verbos e quais os fatores linguísticos e extralinguísticos influenciaram em seus usos. Além disso, apresentamos como os verbos “ter” e “haver” são abordados pela Gramática Tradicional, a partir de Said Ali (1957), Dias (1970), Bechara (2009), entre outros. O corpus foi constituído por 300 ocorrências, sendo que 150 foram do século XX e 150 do século XXI. Para a quantificação dos dados, submetemos as ocorrências ao programa GOLDVARB 2001. Após a análise dos dados, concluímos que, no século XX, obtivemos maior porcentagem de verbo “haver” do que de verbo “ter” (81,3% e 18,7%, respectivamente) e, no século XXI, houve maior frequência de verbo “haver” do que de verbo “ter” (56,7% e 43,3%, respectivamente), mas o que é relevante é o aumento da frequência do verbo “ter”. Dos grupos de fatores colocados em análise parciais e nos cruzamentos, as variáveis independentes, que se mostraram mais relevantes foram: objeto [-animado], tempo verbal “presente”, objeto posposto e objeto concreto

    A variação entre nós e a gente e suas relações de referencialidade em ambiente virtual

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    Trabalho de conclusão de curso (graduação)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística e Línguas Clássicas, 2014.O objetivo dessa pesquisa é demonstrar que o uso do a gente ultrapassa as fronteiras da fala e alcança também o ambiente da escrita informal. Esse ambiente fica restrito aqui ao meio virtual de comunicação, que atualmente se constitui como parte importante da vida dos brasileiros. As facilidades de acesso, o número crescente de usuários e principalmente o fato de ser composto majoritariamente de comunicação escrita torna esse meio interessante para análise e coleta de dados. Esse meio virtual inclui, a priori, mensagens de celular, e-mail, chats, blogs e redes sociais. Entretanto, para esse estudo serão utilizados apenas dados da rede social Facebook, por ser de fácil acesso e ter um grande número de usuários

    O preenchimento da posição do sujeito com verbos inacusativos: uma análise sincrônica

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    Este estudo está inserido no Projeto A posição de sujeito em estruturas sem argumento externo (SOARES DA SILVA, 2016), cuja hipótese geral é a necessidade do movimento de diferentes naturezas para o preenchimento da posição de sujeito, dependendo da estrutura, (a) por um argumento ou adjunto movido de uma posição interna a SV, (b) pela inserção de pronome referencial e (c) por um expletivo nulo. O objetivo do Projeto é verificar os contextos estruturais mais resistentes e os mais favorecedores da mudança em direção ao preenchimento do sujeito quando se trata de estruturas sem argumento externo. Neste trabalho, me dedico aos verbos inacusativos. Para esta pesquisa, utilizam-se dados das amostras da fala carioca disponibilizadas pelo Estudo Comparado dos Padrões de Concordância em Variedades Africanas, Brasileiras e Europeias do Português (disponível em: http://www.concordancia.letras.ufrj.br). Os resultados dessa análise sincrônica são comparados com os da ultima sincronia da análise diacrônica feita por Santos (2008)
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